Quando a gente fala de artesanato em Minas Gerais, não estamos só falando de um trem bonito de se ver ou de enfeite pra sala, não. Estamos falando de história, de memória, de um pedaço da nossa alma que vai tomando forma nas mãos habilidosas do povo mineiro. Cada peça, seja uma fruteira, um oratório, uma prateleira ou um simples detalhe de madeira, carrega um cadinho de Minas, desse nosso jeito sereno, acolhedor e cheio de significado.

O artesanato daqui nasceu lá atrás, nos tempos antigos, quando as famílias se reuniam em volta do fogão a lenha, proseando e passando o tempo enquanto criavam com o que a natureza dava. E até hoje, mesmo com o mundo girando depressa e as modernidades chegando, o artesão mineiro segue firme, preservando essa tradição com orgulho e muito amor no coração. As mãos que talham, bordam, esculpem e pintam contam causos de fé, de luta e de esperança, tudo misturado com aquele cheirinho de café passado na hora e o calor da prosa boa.

Mais que decoração, o artesanato mineiro é resistência e pertencimento. É como se cada peça dissesse: “Tô aqui pra lembrar quem nós somos e de onde viemos.” Ao mesmo tempo, é uma forma inteligente e sustentável de manter viva nossa cultura e de fortalecer as comunidades que vivem desse ofício, gerando renda e dignidade sem perder o respeito ao jeito simples e verdadeiro do interior.

Aqui no Ateliê Vó Adélia, cada produto que sai das nossas mãos carrega esse compromisso: contar um pedacinho da história mineira, levar pras casas dos quatro cantos do Brasil o que há de mais puro na nossa terra. Porque, no fim das contas, o artesanato de Minas não é só arte — é o coração de Minas batendo forte dentro de cada casa, de cada lar.